Os Nós e os Laços

 
 
Isabel Beirao MEDIUMDra. Isabel Beirão e a equipa do Colégio Eduardo Claparède
6 de Setembro de 2013 *

“A base de toda a educação é a livre experiência”

Este ano em que se comemora o centenário do nascimento do Dr João dos Santos, o Colégio Claparède celebra também os seus 60 anos. O Colégio foi fundado pelo Dr. João dos Santos, pela minha avó, Rosa Bemfeito e pelo meu tio, Afonso Gouveia.

Foi-nos pedido que partilhássemos a nossa experiência de que, como ainda hoje, os ensinamentos do Dr. João dos Santos estão presentes na nossa intervenção diária no Colégio Claparède.

O título que escolhemos “Os Nós e os Laços”, procura reflectir que a base da nossa intervenção assenta principalmente, na relação e na afectividade, tal como nos ensinou. Procuramos criar nós e laços de relacionamento que perdurem para a vida, laços que ajudam a estruturar os nossos alunos.

Os conteúdos das frases de João dos Santos, que irão acompanhar a minha apresentação, fazem parte da filosofia da nossa instituição e integram o nosso projecto pedagógico.

Foi nos anos 50, neste colégio e com João dos Santos que nasceram outros projectos que depois se autonomizaram, e são hoje instituições de referência como a – Fundação LIGA, CPCC Gulbenkian e o Centro Helen Keller.

João dos Santos manteve durante toda a sua vida, uma estreita relação profissional, pessoal e de amizade com os fundadores e com a equipa do colégio, lutando sempre por proporcionar as condições ideais ao desenvolvimento de todas as crianças e jovens “diferentes” que por ali passavam.

Como costumava dizer “O Colégio é uma pequena escola de ambiente familiar, com um espaço acolhedor e contentor”.

João dos Santos ensaiou no Colégio várias metodologias pedagógicas e terapêuticas.

O Colégio foi criado também para responder ao desafio lançado por um conjunto de alunos, que por diversos motivos, apresentavam perturbação do desenvolvimento e dificuldades na aprendizagem e a que a escola, dita regular, não conseguia responder.

Para ele cada criança era única.

Era na reflexão conjunta sobre cada criança e na reciprocidade relacional com os adultos que com ela intervinham, que se delineavam as linhas de actuação. Não havia receitas, nem certezas. A intervenção no colégio passava, e continua a passar, pelo trabalho em equipa e pela partilha.

Para ele, o trabalho em equipa era fundamental. Por esse motivo, fazia questão de juntar a equipa semanalmente para com ele, partilhar e avaliar os seus sucessos e insucessos, angústias, dúvidas, certezas e incertezas.

Era o chamado Seminário Psicopedagógico ou, as reuniões de 3ª feira.

Estas reuniões tinham uma porta aberta para o exterior e por elas passaram muitos nomes conhecidos da pedagogia e da saúde mental. Não se limitavam ao estudo de um caso (ver a melhor linha terapêutica, pedagógica a ter para com esta ou aquela criança), mas eram também uma formação constante para toda a equipa.

Dizem, que com a sua enorme capacidade de comunicação e sentido de humor fazia com que se aprendesse informalmente. A sua presença era sempre muito admirada: aliava uma grande tolerância a uma grande exigência.

Com João dos Santos aprendemos a apoiar crianças e jovens com necessidades educativas especiais, défices cognitivos, desarmonias evolutivas, distúrbios da personalidade, perturbações emocionais e outras.

Aprendemos a valorizar um ambiente estruturante, contentor e protector, com limites bem delineados, numa relação privilegiada com adultos de referência, que gostam do que fazem e que estão disponíveis.

A definição clara de fronteiras e limites favorece uma diminuição da hipervigilância e permite estabelecer uma relação de confiança e de previsibilidade.

É este ambiente familiar e este espaço acolhedor, este meio securizante e contentor, física e psiquicamente, que vai permitindo a regulação emocional e a organização interna das crianças.

Com ele aprendemos também quão necessária é a liderança e a estabilidade de toda a equipa.

Há 19 anos, quando comecei a trabalhar no colégio, já não tive o privilégio de trabalhar com João dos Santos. No entanto, tive e tenho o privilégio de trabalhar com uma equipa que foi capaz de transmitir os seus ensinamentos aos novos colaboradores, de nos ajudar na nossa formação e de nos fazer crescer, envolvendo-nos na sua filosofia e ética.

Uma equipa que acredita que tem o dever de manter vivo no seu quotidiano os factos e as pessoas que determinaram o seu longo percurso e que se afirma com uma cultura própria – a cultura da nossa instituição.

Ainda hoje no Colégio Claparède a equipa se reúne todas as semanas.

Tem sido fundamental criar momentos de partilha e de reflexão.

Por vezes a intervenção e a relação com crianças mais perturbadas é uma relação tendencialmente mais patológica e por esse motivo, a equipa deve ser sempre o suporte da intervenção, ajudando a descomprimir e a reflectir sobre as suas próprias emoções e acções.

As angústias dos nossos alunos atingem-nos muitas vezes de forma avassaladora e sentimo-nos frequentemente “sugados” e “vazios”.

Conter as suas angústias, ajudar a elaborá-las, lidar com a depressão, a agitação e a irrequietude, a agressividade verbal e física, os seus medos, dar significado às emoções, criar sentido no caos, organizar o que está destruturado, é o nosso desafio.

Quanto mais desestruturadas são as crianças, mais organizada deve ser a instituição e estruturada a intervenção.

Acreditamos que envolver a família é fundamental. Os elos de confiança que se constroem envolvendo a família são fundamentais para uma intervenção eficaz.

Alguns dos miúdos que actualmente frequentam o colégio têm histórias de vida marcadas pelo abandono, maus tratos e negligência. A relação de vinculação não é adequada e, por vezes trazem os seus modelos relacionais extremados para dentro do colégio, perturbando as relações com os pares e com os adultos.

Não podemos esperar que se portem de forma considerada “adequada”.

Por vezes, não podemos aceitar as formas de relação que crianças mais perturbadas pretendem estabelecer connosco, mas também não nos podemos assustar com a forma da relação que, apesar de tudo, conseguem estabelecer…

Não é dizer que tudo é permitido, mas explicar que não nos assustamos e não desistimos e que podemos aceitar e conversar sobre os seus comportamentos e sobre as suas emoções.

Percebem rapidamente quais são os limites e que toda a equipa age em sintonia.

A sua capacidade de mentalizar os conflitos é muito frágil ou inexistente. É muito importante darmos sentido aos seus actos, às suas emoções e comportamentos desadequados.

Devemos ter a capacidade de receber no nosso espaço mental, essas mensagens, não digeríveis pela criança, tentando devolvê-las de forma simplificada, ajudando-as a organizar o pensamento.

É fundamental perceberem e sentirem que estamos preocupados com eles. Estabelecer compromissos simples e básicos, passíveis de serem cumpridos. Acreditar que, em conjunto seremos capazes.

O adulto deve estar disponível e – constituir-se como uma base segura que possa compreender, pensar e agir de uma forma reparadora nas graves dificuldades de organização individual e social que estes alunos apresentam.

É através da criação de pontes de ligação afectiva de qualidade, que podem nascer relações de confiança com adultos e com colegas.

Todos os alunos que estão no colégio passaram primeiro pelo ensino regular. Muitos deles com perturbações precoces do desenvolvimento.

Infelizmente, para muitos, o seu percurso foi pautado por dificuldades marcantes, com sentimentos de insucesso bem vincados e a sua auto-estima foi sendo progressivamente bastante reduzida. Para muitos, essa passagem demorada pela escola foi um espaço de confronto com a frustração.

São muitos os alunos que nos chegam com histórias de agressividade. …

Os primeiros dias no colégio nem sempre são fáceis. A postura nem sempre é a mais positiva. A relação ainda não se estabeleceu, a confiança ainda não existe. Por vezes o confronto … Mas há limites que não podemos deixar passar. Aos poucos vamo-nos descobrindo, mutuamente.

Na 1ª sessão de psicomotricidade do M (de 9 anos) no colégio, quando a professora lhe pediu para tirar os ténis do meio do ginásio,  disse para o colega do lado: “A última que me disse isto levou um murro na cara!!!”

Na 1ª semana, o Z (de 13 anos) que se zangou e agrediu um colega, não aceitou a intervenção do professor. Quando este lhe tocou, foi imediatamente agredido verbal e fisicamente pelo aluno.

O lápis e a caneta parecem instrumentos terríveis, não querem sequer tocar-lhes… Ler, escrever, fazer contas parecem-lhes verdadeiros pesadelos.

Antes de começar, já estão a dizer que não conseguem…

Quando percebemos aquilo de que gostam, percebemos o que pode transformar a relação em momentos de prazer. Formamos assim uma espécie de pequenos” nós”, que vão permitir criar “os laços” afectivos.

Alcançar o crescimento e o desenvolvimento integral de cada um é a nossa prioridade.

O sentimento de envolvimento que se sente no colégio leva a uma cultura de participação. O facto de termos turmas bastante pequenas e uma equipa a funcionar em conjunto e em sintonia, de forma inter e transdisciplinar, permite-nos uma forma de abordagem muito diferente daquela que é possível no ensino regular.

Todos têm o seu papel. O João, que é muito mexido, distribui o material e ajuda a regar a horta, o Zé faz a contagem dos colegas e marca as faltas. Tem ainda de avisar a cozinheira Ivone, quantos estão hoje para o almoço. A Fátima ajuda a professora a tomar conta do material e vai fazendo a lista dos pedidos para entregar na 5ª feira ao aux. Paulo. O Pedro regista o dinheiro que vão conseguindo fazer com as vendas da culinária e do artesanato que venderam….

Os miúdos rapidamente se sentem como elementos úteis e válidos de uma família, e nós, adultos, também.

Não me esqueço da mãe de uma aluna que tinha entrado há pouco tempo no colégio.

A sua experiência no ensino regular nem tinha sido muito negativa….

Contudo, a mãe chorava junto ao portão do colégio a observar a filha no recreio. Um dos funcionários aproximou-se preocupado. Mas a mãe chorava de alegria. Pela primeira vez a filha tinha amigas que não se preocupavam com as suas limitações ou dificuldades, mas que gostavam dela como era, que gostavam das mesmas brincadeiras e das mesmas músicas. Todos os dias de manhã, quando vinha pôr a filha à escola, as amigas chamavam-na para brincar… Isto, nunca lhe tinha acontecido. Pela primeira vez tinha a certeza que a filha se sentia feliz e como pertença do grupo.

O sentir o grupo como um todo, alunos e adultos, envolvidos no dia a dia e num funcionamento de interdependência. A rotina diária cria esta dinâmica fantástica.

Essa dinâmica está tão interiorizada que quando alguém entra de novo, são os próprios colegas que os integram sem necessitar de grandes explicações.

Quem já visitou o colégio, sabe que as nossas paredes estão cheias de trabalhos dos nossos alunos.

É importante o facto de as crianças e jovens se identificarem com o espaço onde estão e, nesse sentido, as paredes devem tornar-se falantes. As paredes devolvem aos alunos uma imagem dos seus trabalhos, das suas vivências, logo, daquilo que nelas tem valor.

Às obras dos alunos, juntam-se as fotografias de acontecimentos vividos em comum, que fazem a sua, e a nossa história.

O trabalho de projecto está muito presente na nossa organização. O importante é ter a capacidade de suscitar e fazer desabrochar projectos que deem um sentido ao que se faz e prolonguem essa acção no futuro.

Dar um significado ao futuro é tomar progressivamente consciência das possibilidades e limitações próprias, ou por outras palavras, compreender pouco a pouco o que se é, o que se quer e o que se pode ser. É aquilo a que se pode chamar CRESCER.

Os projectos surgem intrinsecamente ligados aos currículos. É à volta de um tema aglutinador que se planeiam, estruturam e desenvolvem os programas e actividades. Com estes, pretendemos fomentar a curiosidade, procurar que vejam, experimentem, investiguem, registem e exteriorizem as emoções e sentimentos que estes lhe tenham suscitado.

Ao longo deste trajecto que se quer criativo, procuramos que a criança comece a lidar de forma autónoma e funcionante com os afectos, os medos, as dúvidas e as angústias do seu imaginário, e fomentar a actividade simbólica, permitindo assim que aprenda a sonhar, fantasiar e pensar – desenvolvendo a sua inteligência.

Neste ambiente, a aprendizagem acontece. Ela torna-se necessária e desejada.

Com calma, sem pressa, nó a nó, degrau a degrau, com uma atitude positiva e com a convicção de que em cada dia se melhora e cresce.

Nas aulas, na expressão musical, na psicomotricidade, na expressão plástica na cozinha pedagógica, na horta, na carpintaria, na rua, nos transportes, nas lojas, nos jardins, nos museus e nos teatros, as aquisições fazem-se espontaneamente criando-lhes competências que os valorizam e que se vão consolidando e generalizando.

O registo vivenciado é feito diariamente. O que fizemos, o que almoçámos, o que correu bem ou mal, o que gostámos mais e o que gostámos menos. O que vamos fazer amanhã? Do que precisamos? Os seus cadernos vão sendo preenchidos com conteúdos significativos, porque são vividos e sentidos. São sempre motivo de grande orgulho. Parecem relatar uma história, a sua história!

É a relação que vamos estabelecendo e o conhecimento que vamos adquirindo com cada um dos alunos, que nos vai permitindo perceber como é que cada um funciona, como comunica, se movimenta, como interage connosco e com os outros, como se movimenta no espaço, como reage, como toca e se deixa tocar, se chora e se ri, se sorri, como pensa, quais os seus medos, se brinca sozinho ou com os outros, se joga ao faz de conta, se dança …

A sua disponibilidade interna para as aprendizagens é, por vezes, muito reduzida. É fundamental percebermos que, ao forçarmos um miúdo a estar quieto e sentado a aprender, quando este não consegue, não porque não queira, mas porque não é capaz, é estarmos a criar uma barreira cada vez maior na relação, na comunicação e na aprendizagem.

A desarmonia do seu desenvolvimento é por vezes desconcertante. Surpreende-nos. Por vezes damos connosco a pensar, mas se este miúdo consegue fazer isto, aparentemente tão complexo, então porque é que ainda não consegue fazer uma outra coisa que, à partida, seria aparentemente muito mais simples. Por vezes temos vontade de agarrar nas pontas, isto é, nas áreas em que parece estar melhor – hoje em dia as chamadas áreas fortes, e avançarmos.

Para nós, técnicos e professores, a vontade de agarrar e de trabalhar as áreas mais fortes e estruturadas dos alunos, é também mais seguro, muitas vezes é entrar numa área de conforto da nossa intervenção. Mas, devemos ter cuidado.

Ao menosprezarmos as áreas de conhecimento menos sedimentadas e consolidadas, corremos o risco de estarmos a criar um fosso ainda maior e de construir sobre um alicerce pouco firme e seguro que, ao mínimo abalo desmorona. Nunca nos podemos esquecer que o equilíbrio se conquista trabalhando todas as facetas – como as muitas faces de um polígono que procuram atingir o círculo.

Perguntam-nos frequentemente que métodos usamos na intervenção com crianças e jovens com autismo ou com deficiência mental. Que metodologias seguimos para a aprendizagem da leitura e da escrita, das contas, etc. Se usamos o programa A ou B, o programa teacch, se utilizamos sistemas aumentativos e alternativos da comunicação…

A resposta é quase sempre a mesma. Depende de cada criança. Não temos um método específico, não existem receitas, com uns resulta melhor de uma maneira, com outros doutra.

Atentos a novas metodologias de intervenção, tem sido nossa política perceber o que é que cada uma pode trazer de positivo. Apesar de discordarmos, de aplicações dogmáticas e rígidas de determinadas metodologias, temos conseguido ir gerindo a sua utilização de um modo equilibrado, desde que estas, se configurem como uma mais valia para a intervenção com determinada criança.

A fantasia e a criatividade continuam a ter um papel primordial na nossa intervenção Por isso procuramos fomentar todas as formas de expressão de que a criança é potencialmente capaz.

Sabemos que as actividades expressivas só por si têm funções pedagógicas e terapêuticas.

As crianças e os jovens que atendemos precisam de espaços que lhes permitam exteriorizar o seu mundo interior, as suas sensações, os seus afectos.

Por tudo o que referi, consideramos que a educação de crianças e jovens com necessidades educativas especiais não deve ser exclusivamente inclusiva. A inclusão de crianças e jovens com necessidades educativas especiais na escola de ensino regular, é desejável, e muito se tem feito neste sentido, no entanto a inclusão mal cuidada pode vir a revelar-se um factor de exclusão.

Num subconjunto limitado de casos, um ambiente mais pequeno, contentor e estruturante, pode mostrar-se mais adequado. Muitos dos alunos que atendemos, apresentam graves perturbações do desenvolvimento, emocionais e da personalidade, exigindo, portanto, um reforço e diversificação de recursos humanos, infelizmente, nem sempre disponíveis na escola regular.

A socialização faz-se também com a família, nos trabalhos desenvolvidos com outras escolas, em momentos de cultura, lazer, de desporto, etc.

Exemplos desse trabalho são os teatros apresentados pelos nossos alunos em escolas de ensino regular e outras instituições. A participação em eventos desportivos nacionais e internacionais como os do Special Olympics.

A promoção da autonomia através das parcerias que temos com a Fundação Liga, a Quinta Pedagógica dos Olivais e com outras empresas, preparam também o futuro dos nossos alunos. De uma forma cuidada, procuramos em conjunto com as famílias delinear projectos de vida.

Acreditamos ser uma componente indispensável da rede escolar e acreditamos que a todos compete refletir, antes que, por via legislativa, se possa vir a destruir uma instituição onde a experiência, o saber e a prática, se reúnem para dar uma resposta de qualidade a um grupo reduzido de alunos que a não têm encontrado na escola regular.

Cremos não ser obra do acaso, o facto de o colégio ser um marco na vida de todos os que por cá passaram. Alunos, famílias, professores e outros técnicos que por cá passaram, alguns já há bastantes anos, procuram-nos, telefonam e visitam-nos, numa ligação emocional que perdura. De todos se conhece o nome e todos eles se recordam também das pessoas e dos momentos mais marcantes. Com boas ou más notícias, procuram-nos para as transmitir, relembrando momentos marcantes, revivendo os Nós e os Laços que se criaram e que permanecem.

Sabem que continuamos disponíveis, que nos continuamos a importar e que estamos cá.

E este é, com certeza, o maior legado que João dos Santos nos deixou.

“O importante é comunicar (…). O importante é trazer no coração a vida que nos sopraram aqueles que tinham a sabedoria.”

 

Pela Equipa do Colégio Eduardo Claparède

Isabel Beirão

 

*   Comunicação  na Conferência “João dos Santos no século XXI” proferida pela Dra Isabel Beirão e a Equipa do Colégio Eduardo Claparède , 6 de Setembro de 2013

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  • Ligações:


  •  

    Cecília Menano, João dos Santos e Maria Emília Brederode Santos em conversa

    Clique na seguinte ligação para para visualizar este vídeo do Instituto de Tecnologia Educativa – RTP (1975) A Escolinha de Arte de Cecília Menano – com Cecília Menano, João dos Santos e Maria Emília Brederode Santos, que foi muito generosamente disponibilizado pelo Dr Daniel Sasportes (19 minutos). [Clique nesta ligação]

     


  • Photomaton

    Photomaton

    O filme “PHOTOMATON-Retratos de João dos Santos”, realizado por Tiago Pereira e Sofia Ponte é uma produção da Fundação Calouste Gulbenkian e da RTP2 e é colocado neste site com a muito generosa autorização da Fundação Calouste Gulbenkian.

     

  • Crianças Autistas by Ernesto de Sousa

    Clique na seguinte imagem para aceder ao filme
    "Crianças Autistas" by Ernesto de Sousa"
    e depois carregue no botão "Play".
    (este filme não tem som!)  

    imagem de Criancas Autistas by Ernesto de Sousa

    Crianças Autistas
    Realização de Ernesto de Sousa a partir de uma ideia de João dos Santos, 1967
    Operador de câmara: Costa e Silva
    Filme disponibilizado pelo Centro de Estudos Multidisciplinares (CEMES)
    www.ernestodesousa.com

     

  • Programa IFCE no Ar, Radio Universitária

    Entrevista sobre o andamento do curso à distância “Introdução ao Pensamento de João dos Santos”

    Entrevista gravada com a coordenadora do curso “Introdução ao Pensamento de João dos Santos”, Professora Patrícia Holanda da Linha de História da Educação Comparada da UFC (Universidade Federal do Ceará), com o Doutor Luís Grijó dos Santos (filho de João dos Santos), e a coordenadora pedagógica do curso Professora Ana Cláudia Uchôa Araújo da Directoria da Educação à Distancia do IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará). A entrevista foi realizada pelo jornalista Hugo Bispo do Programa IFCE no Ar em 3 de Novembro de 2016.

    Para ouvir a gravação desta entrevista clique nesta ligação.

     


     

  • UM PENSADOR EMOCIONADO

    Professor Doutor José Adriano Barata-Moura

     

    Clique nesta LIGAÇÃO para ver o vídeo "João dos Santos - Um Pensador Emocionado" da conferência do Professor Doutor José Barata-Moura, 7 de Setembro de 2013 no congresso “João dos Santos no século XXI”.

     

     

  • Os Dias da Rádio Em Conversa com João Sousa Monteiro

     
     

    Clique nesta LIGAÇÃO para ver o vídeo "Dias da Rádio - Em Conversa com João Sousa Monteiro".
    Vídeo produzido e realizado no âmbito das XXI Jornadas da Prática Profissional: " O Segredo do Homem é a Própria Infância: Pensar em Educação com João dos Santos" que se realizaram na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém nos dias 8 e 9 de novembro de 2013.

     

     

  • Testemunhos

    “Estimada Paula Santos:"

    Não quero deixar de testemunhar que o seu pai, Dr. João dos Santos, foi uma grande referência para mim, no perfil de psicoterapeuta.

    Fui discípulo seu durante um ano no Hospital Santa Maria e, foi para mim uma experiência admirável pela grande capacidade de lidar com uma criança e através dela captar o seu micromundo. Depois, já na sua ausência, sem quaisquer outros dados, no Seminário dos Internos, descrevia, com espanto para nós, as personalidades dos pais, os seus conflitos, a qualidade de relacionamento. Não segui a psicanálise, mas foi com o seu pai, meu grande querido mestre, que me enriqueci no caminho da psiquiatria clássica.

    O Dr. João dos Santos vai ser tardiamente homenageado pela Ordem dos Médicos, depois de tantas honrarias que recebeu e mereceu. Com esta nova Direcção, a Ordem está a tentar repor publicamente, o mérito de médicos ilustres esquecidos, muitos incómodos, para conhecimento das novas gerações de médicos, a bem dos princípios de justiça, dos valores e da história da medicina portuguesa.
    Com os melhores cumprimentos

    Júlio Pêgo (Psiquiatra)”
    Novembro de 2014
    [Ler mais testemunhos]


  • Notícias

    “A Neurose de Angústia”
    A edição eBook para Kindle do livro “A Neurose de Angústia” está à venda em todos os sites da Amazon.

    [Para mais informações clique aqui]



    "João dos Santos, um caminho diferente na saúde mental"
    Trabalho de métodos qualitativos de Leonor Moreira Rato, supervisado pelo Professor Doutor Miguel Nunes de Freitas do ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida. Inclui a transcrição de uma entrevista feita à Professora Doutora Maria Eugénia Carvalho e Branco por Leonor Moreira Rato. [Para mais informações]


    O Senado da Universidade de Lisboa atribui o título de Doutor Honoris Causa ao Pedagogo Sérgio Niza
    A Cerimónia de Investidura do título Doutor Honoris Causa terá lugar no próximo dia 23 de Abril 2015, com início às 18.00 horas, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. [Continuar a Ler]


    Apresentação do livro de Maria Eugénia Carvalho e Branco pelo Professor Doutor António Coimbra de Matos e pelo Dr Pedro Strecht
    Agradeço à Professora Doutora Maria Eugénia Carvalho e Branco o honroso convite para participar na apresentação do seu livro "João dos Santos. A Saúde Mental Infantil em Portugal. Uma Revolução de Futuro".
    É uma honra e um prazer. Duplos:
    1. Pela elegância da forma e riqueza do conteúdo. Como leitor, primeiro foi o espanto, logo de seguida, o conhecimento – no lúcido dizer do filósofo estagirita; mas sobretudo, o que eu senti foi encantamento face à empolgante transmissão do que foi o Homem e do que é a Obra que nos legou. [Continuar a Ler]

    Revista Visão
    A revista Visão publicou na sua edição de 12 a 18 de Dezembro de 2013 (nº 1084) um artigo sobre João dos Santos, “A criança e o mestre”, subscrita pela jornalista e psicóloga Clara Soares. [Ler o artigo completo]

    Escola Superior de Educação de Santarém
    As Jornadas da Prática Profissional da ESES – “Pensar em Educação com João dos Santos” decorreram muitíssimo bem, com muito entusiasmo, envolvendo alunos e professores, enlaçando pensamento e afecto em todos os presentes e em todos os seus momentos, das conferências aos painéis, dos ateliers para adultos aos ateliers com crianças, dos filmes à escuta dos Dias da Rádio – em que pudemos recordar ( e alguns, ouvir pela primeira vez) essas conversas tão especiais. [Continuar a ler]

    “Exposição e Tertúlia João dos Santos
    No ano em que se celebra o Centenário do Nascimento de João dos Santos, a Câmara Municipal de Odivelas associou-se a estas comemorações através da uma Exposição sobre a vida e obra do homenageado inaugurada a dia 23 de Outubro e ainda uma Tertúlia realizada no mesmo dia às 17,30 no Centro de Exposições de Odivelas com o patrocínio da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência. [Continuar a ler]

    “A Saúde Mental Infantil em Portugal - Uma Revolução de Futuro”
    O lançamento da nova obra de Maria Eugénia Carvalho e Branco ““A Saúde Mental Infantil em Portugal – Uma Revolução de Futuro”” será realizado no dia 8 de Novembro de 2013 pelas 19h30 inserido nas XXI Jornadas da Prática Profissional 2013/2014, da Escola Superior de Educação de Santarém. [Ler mais notícias]

    A Liga Portuguesa de Higiene Mental
    – Associação que mantem como sua principal actividade o funcionamento da linha telefónica de apoio emocional e de Prevenção do Suicídio O SOS VOZ AMIGA – pretende, com o envio desta notícia, associar-se às Comemorações do Centenário de João dos Santos, através da transcrição parcial do Editorial do seu Boletim de Maio 2013, em que são realçadas as valências de uma das Instituições Associativas criadas por João dos Santos: o IAC e posteriormente o SOS Criança. [Ler mais]

    “Vida, Pensamento e Obra de João dos Santos”
    A 2ª Edição (Revista) do livro “Vida, Pensamento e Obra de João dos Santos” de Maria Eugénia Carvalho e Branco acaba de ser publicada pela editora Coisas de Ler. [Ler mais notícias]

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  • A Força das Perguntas

    António Nóvoa
    6 de Setembro de 2013

    João dos Santos é uma presença luminosa do século XX. A sua acção nos domínios da saúde e da educação marca o nosso pensamento mais inteligente, e mais sensível, sobre a infância.
    Os trabalhos deste Centenário, notavelmente dinamizados pelos seus filhos, Paula Santos Lobo e Luís Grijó dos Santos, revelam bem a amplitude, a largueza e a grandeza, daqueles que João dos Santos tocou pelas palavras, pelos gestos, pela relação.
    É uma teia extraordinária de pessoas, de cumplicidades, de afectos, de discípulos no sentido mais nobre do termo. Sim, João dos Santos foi um mestre, um mestre com quem estamos em diálogo neste momento, ao falar dele, ao falar com ele. [Ler texto completo]

     

     



  • João dos Santos

    27 de Novembro de 2014

    João dos Santos é homenageado com a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos

     


  • Como instalar o aplicativo Kindle gratuito

    1. Seleccione o site da Amazon mais conveniente para o seu país (Brasil, Espanha, Estados Unidos, França…)

    2. Baixe o aplicativo de leitura Kindle gratuito:

    Brasil
    Espanha
    Estados Unidos
    França
    Reino Unido
    Itália
    Índia

    3. Abra o aplicativo e faça o login usando a sua conta da Amazon... e comece a ler no seu computador, tablet ou smartphone.
     

  • “PEDAGOGIA TERAPÊUTICA
    Diálogos e Estudos Luso-Brasileiros Sobre João dos Santos”

    A 2ª Edição (formato Kindle) do livro “PEDAGOGIA TERAPÊUTICA – Diálogos e Estudos Luso-Brasileiros Sobre João dos Santos” está à venda nos sites da Amazon. [Para mais informações clique nesta ligação]

     


     

  • Aula Inaugural do curso “Introdução ao Pensamento de João dos Santos”

     

    A aula inaugural deste curso foi transmitida ao vivo no último dia 22 de Agosto de 2016, no auditório do Instituto Federal do Ceará. No entanto a gravação continua disponível através da seguinte ligação https://www.youtube.com/watch?v=0OOs7Xy-KOo.

    Para mais informações, por favor veja a nossa página dedicada ao curso Introdução ao Pensamento de João dos Santos.

    Os organizadores do curso podem ser contactados através do seguinte e-mail: pensamentosantiano@gmail.com.

     


  • Como compartilhar trechos dos seus livros no Kindle

     

    Leitores de eBooks no Kindle têm ferramentas à sua disposição que lhes permitem compartilhar trechos de livros via e-mail, Facebook, Twitter, outros serviços mensageiros e via outros aplicativos instalados no seu dispositivo.
    As ferramentas disponíveis estão constantemente em evolução e alguns detalhes variam entre sistemas operacionais, aplicativos e dispositivos.
    No entanto, parece-nos útil descrever este processo simples de compartilhamento para um dispositivo Kindle (Kindle Paperwhite) e um aplicativo (Kindle para iPad).
    Para mais informações clique nesta ligação.

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    Ideias Psicopedagógicas do referencial santiano

    Clique na seguinte ligação, para assistir à gravação em VÍDEO da palestra “Ideias Psicopedagógicas do referencial santiano” proferida pela Professora Patrícia Holanda no XV Congresso de História da Educação do Ceará. A gravação da palestra é seguida dum momento musical e dos lançamentos dos livros "Pedagogia Terapêutica" e “Ensaios sobre Educação – I. A criança quem é?”. Para assistir à gravação clique nesta ligação.

     


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    Cecília Menano, João dos Santos e Maria Emília Brederode Santos em conversa

    Clique na seguinte ligação para para visualizar este vídeo do Instituto de Tecnologia Educativa – RTP (1975) A Escolinha de Arte de Cecília Menano – com Cecília Menano, João dos Santos e Maria Emília Brederode Santos, que foi muito generosamente disponibilizado pelo Dr Daniel Sasportes (19 minutos). [Clique nesta ligação]


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    DIÁLOGOS COM JOÃO DOS SANTOS PELO JARDIM DAS AMOREIRAS

    O eBook intitulado Diálogos com João dos Santos pelo Jardim das Amoreiras apresenta um conjunto de estudos realizados no âmbito do curso Introdução ao Pensamento de João dos Santos: estudo sobre a Pedagogia Terapêutica e foi lançado no dia 23 de Setembro de 2017 no XVI Congresso de História da Educação do Ceará em Icó.

    Clique na seguinte ligação para fazer o download gratuito do eBook Diálogos com João dos Santos pelo Jardim das Amoreiras: https://joaodossantos.files.wordpress.com/2017/09/dic3a1logos-com-joc3a3o-dos-santos-pelo-jardim-das-amoreiras-7-setembro-2017-versao-final.pdf

     

     

  • Comentário à apresentação do Livro “Hiperativos – Psicomotricidade Relacional com crianças Hiperativas” de João Costa, 2017

    Vera Oliveira, psicomotricista
    22 de Novembro de 2017

    Sou leitora do João desde 2001, quando nos conhecemos pela 1ª vez… era eu estagiária na Clínica do Parque… sob sua orientação. Ler é muito mais do que o ato de juntar letras em palavras e palavras em frases. “Ler” vem do latim “lego” que significa reunir, colher, juntar peças… criar… Naquela altura o João, embora ainda não o tivesse passado para o papel, já punha em prática com os meninos (alguns agitados) do parque, que tinham entre outras coisas, muitas dificuldades em aprender… já punha em prática que para fazê-los ler tinham muito mais do que saber juntar letras em palavras e palavras em frases. Tinham sobretudo que sentir – sentir o movimento, os materiais (os poucos que existiam na sala de psicomotricidade do parque naquela atura), sentir o outro! – era o impacto… as sensações… acompanhadas com emoções e afectos que precisavam, para serem capazes de produzir sentimentos. E que seria essa sensorialidade, neste livro designada “sensorialidade afectiva” que, dando lugar às memórias afectivas (como descreve António Damásio) fariam a criança reter alguma coisa, e progressivamente aprender coisas sobre alguma coisa.

    Como eu tenho Lido (sem papel) o João desde 2001, o que eu vou tentar fazer é, com base neste seu livro… uma espécie de lista resumida das razões pelas quais eu Leio o João Costa.

    A 1ª é a seguinte: O João toma posição! E não tem medo de tomar posição –  não toma posiçõezinhas, toma posições… com estardalhaço!

    A posição que ele tem sobre a psicomotricidade é muito clara – é clínica! Não é pedagógica… não é recreativa – é clínica.

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    Imagem - A última entrevista de Armando Leandro à frente da Comissão Nacional da Proteção das Crianças

    Clique na imagem para aceder ao vídeo desta entrevista no site da RTP NOTÍCIAS

    RTP NOTÍCIAS

     

    A última entrevista de Armando Leandro à frente da “COMISSÃO NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS E PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS”.

    Para mais informações sobre a “Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens” siga esta ligação.

     
     


     

  • BIOGRAFIA

    João dos Santos foi o criador da moderna Saúde Mental Infantil em Portugal e o grande impulsionador da viragem da Psiquiatria Infantil que de uma especialidade enraizada na Psiquiatria de adultos passou a uma especialidade autónoma.

    Foi um dos primeiros psicanalistas portugueses e um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Psicanálise.

    Desenvolveu um olhar novo sobre o valor da arte no desenvolvimento da criança e sobre a educação na família, na escola e na comunidade, criando concepções e ensinamentos originais e modos inovadores de formação de pais e professores.

    Como democrata lutou durante o fascismo pela criação de serviços de saúde mental de qualidade que eram então verdadeiros desafios políticos e que continham a semente da prática e dos princípios científicos que preparavam o futuro.

    O seu percurso académico e a sua sólida formação em Psiquiatria e Psicanálise permitiram-lhe proceder a rigorosas pesquisas sobre a criança. João dos Santos criou uma obra escrita inovadora concretizada numa obra institucional em prol da protecção materno-infantil e da prevenção e intervenção em Saúde Mental Infantil. Obra que ainda hoje ajuda a compreender as causas mais profundas do sofrimento psíquico e das patologias da criança, do adolescente e do jovem.

    João dos Santos começou por ser professor de Educação Física, licenciou-se depois em Medicina, tendo logo orientado o seu interesse e formação para a Psiquiatria. Trabalhou com Vítor Fontes no Instituto António Aurélio da Costa Ferreira e com Barahona Fernandes no Hospital Júlio de Matos onde foi um dinamizador incansável da modernização das clínicas infantis.

    Por motivos políticos (ligação ao Movimento de Unidade Democrática) foi afastado do serviço público.

    Partiu para Paris em 1946 onde sob a orientação de Henri Wallon foi investigador no Centro de Pesquisas Científicas de França (C.N.R.S.) no Laboratório de Biopsicologia da Criança. Trabalhou com G. Heuyer, J. Ajuriaguerra, H. Ey, A. Thomas. Trabalhou também no Serviço de G. Heuyer, primeiro professor de Neuropsiquiatria de França, no Hospital “Enfants Malades” e no Centro Alfred Binet, dirigido por Serge Lebovici. Aqui, entre outros, trabalhava também René Diatkine que seguia como Lebovici as novas correntes psicodinâmicas e se tornaram psicanalistas. Lebovici foi o pioneiro da Psicanálise infantil em França.

    Colaborou ainda com M. Bachet, psiquiatra da penitenciária de Fresnes.

    Regressou a Portugal em 1950.

    João dos Santos criou, com colaboradores, a seção de Higiene Mental do Centro de Assistência Materno-infantil Sofia Abecassis, o Colégio Eduardo Claparède, os dois primeiros Centros Psicopedagógicos portugueses, um na Voz do Operário outro no Colégio Moderno, o Centro Infantil Helen Keller, a Liga Portuguesa de Deficientes Motores, a Associação Portuguesa de Surdos, a Liga Portuguesa contra a Epilepsia. Colaborou na criação do Centro de Saúde Mental Infantil de Lisboa de que foi o seu primeiro director. Aí existiram desde o início, equipas de serviço ambulatório no Dispensário Central e no Dispensário do Hospital Dona Estefânia, além da equipa das clínicas infantis do Hospital Júlio de Matos. Mais tarde foram criados outros serviços como o Laboratório de Electroencefalografia, Laboratório de Bioquímica, a Escola dos Cedros – serviço de adolescentes, a Casa da Praia – Externato de Pedagogia Experimental e a Unidade de Primeira Infância (UPI).

    João dos Santos foi o inspirador da criação do Instituto de Apoio à Criança (IAC).

    Foi Professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e na Escola Nacional de Saúde Pública.

    Em 1984 foi agraciado pelo Presidente da República, General António Ramalho Eanes, com o grau de Comendador da Ordem de Benemerência.

    Em 1985, a Faculdade de Motricidade Humana atribuiu a João dos Santos o título de Doutor Honoris Causa.

    As comemorações deste centenário visam divulgar o pensamento de João dos Santos, ainda hoje tão inovador, com o objectivo de se fazer uma reflexão que indo ao passado, passe pelo presente e se projecte no futuro. Este percurso no tempo e nos lugares, passando pelas várias áreas da sua prática e saber, vai certamente permitir tecer sentidos entre elas e incentivar novas ideias e novas práticas para o futuro.

    Actividades de comemoração do centenário estão a ser organizadas juntamente com a família de João dos Santos, várias personalidades das áreas da saúde, da educação e da cultura e instituições que estiveram a ele ligadas: Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Casa da Praia – Centro Doutor João dos Santos, Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia, Faculdade de Motricidade Humana, Faculdade de Psicologia, Instituto de Educação, Jardim Infantil Pestalozzi – Fundação Lucinda Atalaya, Sociedade Portuguesa de Psicanálise e outras.

    Várias iniciativas estão já em preparação como a publicação da obra inédita de João dos Santos, reedição de livros já esgotados e encontros a realizar em Setembro.

    Paula Santos Lobo e Luís Grijó dos Santos

     

    Joao dos Santos – capa da nota biográficaClique aqui para fazer o download desta brochura biográfica em formato PDF

     
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  • João dos Santos

    1913 - 1987

    O livro “Prevenir a doença e promover a saúde” de João dos Santos (Ed. Póstuma) foi publicado pela editora Coisas de Ler no dia 4 de Junho de 2013. [Bibliografia]